Jamais quis eu
Regar teus olhos de menina
De triste idéia
Ou de um sonho que apagou
Pois vi meu rosto
Refletir em tua retina
De um modo tal
Que o espelho sempre me negou
Por isso dói ver-te verter
Lágrima triste
De alegres olhos
Que mi’a vida alumiaram
E antes de tudo isso
Que tu me pedistes
Tragavam flores que te dei
E hoje murcharam
E não de fracas, quero agora
Que me entenda
Pois corajosas elas morrem
Só no fim
Mesmo que a mim
Tua'ida rasgue sem emenda
De tua retina
Não retiro-me assim
Sou dela a parte que te parte
Impiedoso
Dessaboroso do espelho
Meu que vai
Se em parte parto
Parte fico: Paciencioso
Aguardo quieto
A tempestade que se vai
Não que estar quieto
Me faça silencioso
Nem meu silêncio me faça
Ficar parado
Pois meu estado vegetal
É tendencioso
Caos comprimido
Qual bramido entoado
(.:Ricardo Vieira:.)
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