sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MEU DELEITE DERRAMADO

Por acaso não te falta nada não?
Nem meu gosto na tua boca
Nem meu cheiro na tua mão?

Não te falta nos cabelos
Embaraços de noitada
Pele minha nas tuas unhas
... e acabada...

Manchas úmidas na cama
Teu, meu, teu
Nosso, enfim
Tanto faz gozo de quem
Se vem de ti ou vem de mim...
... Então é meu.

Bem como as marcas
De amassado em teu vestido
Então, despido
Mas para sempre meu prazer nele exprimido
Nem choras nele o meu deleite derramado
Teu choro é som do desabafo de um gemido

Mas por acaso...
Não te falta nada não?
Nem a saudade
Do rangido do colchão?

Nem lembrar como foi parar nua no chão...
Agora em vão.
Porque é teu, não meu, o cheiro...
... Na tua mão.

(.:|Ricardo Vieira|:.)

Poesia publicada na Coletânea Poemas de Mil Compassos (2009). Conhêça-nos:
http://poemasdemilcompassos.blogspot.com/2009/09/cd-poemas-de-mil-compassos-vol-01.html

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