sexta-feira, 11 de julho de 2008

CHAVE OCULTA

Quem és tu, que tão sem voz
Me habita a vida e abismos
Que me abismas na questão
Que me imperas nos motivos

Por que procuro-te eu
Dentre as crenças e achismos
Nas respostas do ateu
Nas perguntas do Cubismo

E por que te embrenhas tanto
Nas rugas de tantos rostos
Torna o tempo feio e santo
Belo manto de desgostos

Te degusto porque foges
Qualquer linha racional
Desde aqueles que se imolam
Queimando consigo o Mal
E o Bem que se interpolam
Neste equilíbrio informal

Eis que chave que ocultas
Destas portas que hoje acho
Dorme sob o travesseiro
Eu por sobre, ela debaixo

Firmando o que já é certo
Mas nem sempre se consegue
Perceber: não há pergunta
Que a resposta não carregue

(.:Ricardo Vieira:.)

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