Ora penso, ora “dispenso”
O que sei é que o bom sensoSempre agrega no dissenso
Mas não tenso. Só derroto o que repenso
Ora me rendo, ora me venço.
Indiferentemente ao fato
De que “isto” eu não pertenço
Independentemente ao fato
De que isso não dispenso
Seja bom ou mau o senso
Teu consenso no dissenso
Levo a verdade contida
No marco zero do tenso
Que inevitavelmente
Real prova o que penso
Mentira leve do Senso
Comum frio e indiferente
Perde a alma e nem sente
E ainda chama de bom senso
Teu consenso não me vende
Não me compra, não me entende
Mas cabe na embalagem
No dente podre da engrenagem
Que impera o que transcende
Cai por chão teu infortúnio
De inglório flerte Hegemônico
Eu que aqui, prossigo atônito
Dia e noite, ainda me venço
Ainda que sigo tenso
Mais simplista que simplório
Prossigo por que me venço
E ressuscito no meu velório
Meio sopro, torto, impreciso
E a luz branca, hoje amarela
Face morta, mas que apaga
Teu sorriso... e tua vela.
(.:Ricardo Vieira:.)
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